segunda-feira, 12 de março de 2007

Do copo à garrafa


Havia um homem chamado Artur que vivia com a mulher e com o filho. O Artur foi beber um copo de água. Quando ouviu o filho bebé a chorar pousou o copo de água no parapeito da janela e foi a correr ter com o filho. No copo havia muitas gotas de água mas vamos falar apenas de uma, a Elisa. Com tanta conversa esqueci-me de dizer que a janela estava aberta... E isto é muito importante para esta história porque com o sol a aquecer e a aquecer ainda mais, fez com que a elisa e as outras gotas começassem a subir. Devagarinho, calmamente, a elevar para o céu. Era uma boa sensação, a relaxar como se estivessem num colchão flutuante que as massajava. Estavam a evaporar-se. A temperatura estava boa mas foi arrefecendo cada vez mais à medida que elas subiam. Até que chegou a um ponto que estava tanto frio que as gotas se começaram a colar umas às outras, porque o frio não permitia que estivessem mais tempo soltas sem começarem a congelar. A Elisa sentia muito receio, pois nunca tinha passado por estas fases. É então que como por magia começam a ficar... Como é que eu hei-de dizer, esponjosas, macias e leves... Estavam-se a transformar em nuvens (a condensar). Não pensem que as gotas, quer dizer, a nuvem ficou ali. Começou a soprar uma ventania que a levou a passear no continente (Europa). A Elisa estava a gostar muito, as únicas coisas que ela conhecia eram: a montra das águas no supermercado (que era onde ela estava antes de ser comprada), o saco de compras e o frigorífico do Artur. A Elisa achou graça a todos os países por causa da sua forma, especialmente a Itália, tinha a forma de uma bota. Andou pelo céu a ser empurrada pelo vento, mas... parou lentamente, e começou a desfazer-se. Desfazia-se em gotas de água que arrefeceram rapidamente e se transformaram em neve... caíu numa serra, na Serra da Estrela para ser mais exacto. Ah... ainda não vos contei uma coisa... isto passa-se no Verão... e quando a Elisa caíu na Serra da Estrela foi a rolar para o rio Mondego e derreteu (ficou novamente em estado liquido).
Desceu pelo rio dias e dias até que chegou ao mar... encontrou as suas amigas que não tinham sido evaporadas ao mesmo tempo que a Elisa, e pôs a conversa em dia. Mas assustou-se muito quando viu uma máquina enorme a ir em direcção dela... A Elisa tentou fugir mas não conseguiu, foi sugada e levada para uma casa, uma fábrica para ser mais preciso. Onde foi engarrafada e vendida... Adivinhem lá quem é que a comprou ? O Artur. O que aconteceu foi tão engraçado... a gota Elisa foi do copo à garrafa em vez da garrafa ao copo. Sucedeu o mesmo a água evaporou-se, condensou...
Ficou nesta vida, é o ciclo da água. A Elisa só faz isto e adora.

Nenhum comentário: