segunda-feira, 2 de julho de 2007

Estadia no Hospital Santo André em Leiria

No dia 15 de Maio acordei às 2h. 30min. Com dor de barriga… acordei a minha mãe e ela mandou-me para a casa de banho, fez-me um chá de funcho para eu beber. Eu pensava que era apenas uma dorzita por eu ter comido alguma coisa que não devesse mas…
No dia seguinte acordei ainda com dores, para minha admiração. Já me aconteceu mais vezes acordar a meio da noite com dores de barriga, só que dessas vezes no dia a seguir a dor passava. Que estranho… voltando à história, quando o meu pai me foi levar à escola a barriga doía cada vez mais…seria alergia à escola? Estou a brincar. Ele disse-me para desapertar o botão das calças para não doer tanto, que foi o que eu fiz… mas mesmo assim doía-me a barriga, e doía, e doía, e doía cada vez mais até se tornar impossível estar sentado na sala de aula a trabalhar. Eu almoço todos os dias (de aulas) em casa da minha avó e por isso aproveitei, já que não conseguia trabalhar na escola, e fiquei lá. Como o botão das calças apertava e os boxers eram de elástico e também apertavam despi-me e tapei-me com um cobertor. Lá fiquei deitado no sofá a ver televisão, até que adormeci. Quando acordei eram 3h e 30min e a minha mãe estava sentada ao pé de mim a dar de mamar à minha irmã Margarida. Ela perguntou-me se a dor já tinha passado e eu respondi-lhe, com uma cara triste, que não. Aí, a minha mãe começou a estranhar a dor de barriga não passar e ligou para uma médica…
-Boa tarde, o meu filho está com dor de barriga desde as duas e meia da manhã acha que pode ser apendicite? – Dizia ela. – Ah… pois…do lado direito? Ok. Desculpe o incómodo.
Depois a minha mãe chegou ao pé de mim e começou a carregar no lado direito da minha barriga e a perguntar-me se me doía mais ali do que nos outros lados da barriga. E a minha mãe estava a pensar acertadamente, doía-me mais ali do que nos outros sítios da barriga. Então virou-se para os meus avós e disse que me ia levar ao hospital porque podia ser apendicite. Eu sem saber o que era pensei que fosse alguma coisa que causasse dor de barriga durante algum tempo. E lá fui eu. Mal partimos eu perguntei à minha mãe se íamos à Marinha Grande ou à Vieira, e ela deu-me uma resposta de que eu não estava à espera: “Vamos a Leiria filho”. Eu fiquei a pensar que ela estava a exagerar mas não disse nada.
Quando lá chegámos fiquei na sala de espera, à espera que chegasse a minha vez de ser examinado. E não demorou muito tempo até eu ser atendido. Uma enfermeira veio até ao pé de mim e da minha mãe e perguntou-lhe qual era o problema. A minha mãe contou-lhe tudo: que acordei a meio da noite com dor de barriga, que a dor não passava e que era do lado direito da barriga que me doía mais. A enfermeira tirou-me a camisa e começou a carregar no lado direito da barriga. Eu queixava-me das dores, então a enfermeira levou-me a um médico. Médico esse que também começou a carregar no lado direito da minha barriga só que de uma maneira diferente, ele carregava na barriga e tirava a mão de repente da minha barriga. Uma coisa de que eu não estava à espera era de daquela maneira a barriga me doer mais. O médico perguntou à minha mãe se eu tinha tido vómitos, náuseas, febre ou outra coisa qualquer, ela disse-lhe que não. Então o médico disse com certeza absoluta: “Apendicite aguda, vai ter de ser operado”. Nesse momento a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Dr. House – série de televisão onde fazem muitas operações para salvar as pessoas e algumas vezes as operações correm mal – e desatei a chorar quando pensei que a operação podia correr mal.


(Continua...)

Um comentário:

Unknown disse...

Fiquei emocionada:(